segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Diário de Bordo#6: Tatuagens



Tive um sonho maluco. Acho que comi demais antes de dormir ou algo parecido...  Mas vi que todas as pessoas que passavam por mim tinham tatuagens. Algumas eram tatuagens suaves e bonitas de se ver; mas outras eram sombrias, e pareciam macular a pele mais do que tudo, não eram mais adornos para o corpo e sim sujeira, transformavam as pessoas que a usavam.

O mais louco neste sonho, é que as tatuagens surgiam espontaneamente à medida que as pessoas conviviam com as outras.  Até eu tinha tatuagens! As asas negras nas costas e um escorpião sinistro no braço são as únicas que me lembro.

Mas uma coisa me incomodou. Vi um homem crucificado, com uma coroa de espinhos. Seu corpo era marcado de chicotadas e estava ensangüentado. Ele era o mais tatuado de todos os homens. Haviam muitos desenhos de adoração no seu corpo, traços bem feitos de renuncia e louvor, contrastavam com as tatuagens mal feitas de prisão. Estas retratavam as traições e todas as dores que sofrera.

Acordei no dia seguinte pensando, como se tornara feio o meu Cristo. Verdade veio até mim conversando. Contei-lhe meu sonho, e então ele me respondeu:

- As tatuagens representam as marcas que recebemos na vida. As atitudes das pessoas com quem convivemos. Em vida, podemos marcar as pessoas com boas atitudes ou traições, com consolo ou bajulações, podemos ser insignificantes para elas, ser bênção ou motivo de tropeço. E quanto ao Cristo... Completou:

- Ele não é feio. Ele simplesmente tomou sobre si todas essas marcas, e se tornou manchado com as marcas permanentes da maldade humana para que pudesse conhecer as dores e justificar aqueles que confiam nEle.
Fiz silêncio, e pensei: “Acho que já vivi o bastante para marcar muita gente. Como será que as marquei?”.

“Considerai, pois, aquele que suportou tais contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos.”
[Hb.12:3]


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
J.Caetano Jr.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Falsos Templos

Falsos templos

Se a precipitação precede a queda
Do precipício então procede o baque

O silencio que do bosque já percorre
Assim corre a humilhação de um mártir,
E do temeroso não provêm a prece.

Desgraçado não provando a graça
Vive a farsa, falsa humildade
Altivos tolos, alto exaltados
Lançam se vãos, do alto dos pináculos
Falsos templos, fatídicos, trágicos.


quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
J.Caetano Jr

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