quinta-feira, 29 de março de 2012

OFFLINE

Em pensamento...

As vezes a única coisa que preciso é de um silencio glorioso, ou de um barulho ensurdecedor e grandioso. Sinto que eu preciso da presença do maior paradoxo do mundo. Preciso unicamente de sua vida em minha morte, ou de uma morte viva em vida. Almejo paz em meio ao caos, desejo ter consciência e lucidez. Escandalizo. Não preciso de um profile virtual que simule outro eu. Penso porque existo. Fora do sistema. Fora de área. Offline. 


J.Caetano Jr.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Acepção de pessoas! Sim, eu faço!


Infelizmente você também faz. Confesso publicamente meu pecado, faço acepção de pessoas. Escolho pessoas a quem amar, escolho pessoas a quem pregar o evangelho da paz (de todos os povos); e com isto, acabo sem querer escolhendo quem deve ir pro céu. Quando na verdade, ninguém merece ir pro céu. 

A acepção que fazemos das pessoas, está intimamente ligada com os nossos preconceitos. Nossos conceitos morais exagerados e muitas vezes irracionais e legalistas. Chegam a ser inconscientes, as formas com que selecionamos aquilo que é 'bom' aos olhos de 'Deus'. 

"A burguesia me enoja!", "molenga merece levar pau!", "...é uma viadagem mesmo...", "Politico ladrão devia mesmo era morrer.", "Detesto pobre, suporto eles em amor.", "Religiosos e seus dogmas, vão pro inferno com isso tudo."...  E outros tantos que falamos e deixamos fluir como a água amarga de uma fonte que deveria ser doce.

A seleção de valores que consideramos mais importantes passa ditar as regras de quem devemos amar. Jesus nos mandou amar o próximo. E não fazer acepção de pessoas. Certa vez alguém falou, que amar não é um sentimento e sim uma  escolha, uma postura que assumimos diante das pessoas que nos cercam.

É fácil pra mim, filho de um metalúrgico, que convive com o trabalho desde pequeno, detestar filhinhos de papai. Não gosto de playboy, nem de patricinha. A burguesia me enoja. Mas acabo descobrindo, que o pecado e a ganância do burguês, é tão fedorenta e podre, quanto a minha ambição secreta de poder e orgulho. E aquilo que tento domar em mim todos os dias, se manifesta de outras formas na vida dos outros. O pecado e as manias deles são tão feias quanto as minhas, e aquelas que as vezes eu guardo no meu coraçãozinho, como se fossem de estimação.

Continuo não gostando de bandas coloridas de emo alegre. Continuo achando um absurdo a prostituição e o uso indiscriminado de drogas. Continuo julgando absurdos os gastos das igrejas cristãs com paredes e conforto, enquanto temos 'representantes', morrendo de fome no exterior. Não suporto ver pessoas se dizendo filhos de Deus, e se portando como bastardos. Mas quem sou eu pra julgar? Quem sou eu pra não amar? Quem somos nós pra negar perdão e uma nova chance a qualquer pecador? 

Sinceramente, precisamos parar com os preconceitos. Pessoas são pessoas, precisam de diferentes ensinos, de diferente educação. Rico também merece chance junto com pobre. O homossexual merece o mesmo respeito que um fornicador, e o ladrão politico qualquer que é absolvido por dar um punhado de tijolos pra igrejinha, é tão merecedor do inferno quanto o estuprador. 

Não existe diferença de pecado. Só existe diferença de consequência. Pense nisso.

Paz,
J.Caetano Jr.
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