quinta-feira, 1 de março de 2012

Acepção de pessoas! Sim, eu faço!


Infelizmente você também faz. Confesso publicamente meu pecado, faço acepção de pessoas. Escolho pessoas a quem amar, escolho pessoas a quem pregar o evangelho da paz (de todos os povos); e com isto, acabo sem querer escolhendo quem deve ir pro céu. Quando na verdade, ninguém merece ir pro céu. 

A acepção que fazemos das pessoas, está intimamente ligada com os nossos preconceitos. Nossos conceitos morais exagerados e muitas vezes irracionais e legalistas. Chegam a ser inconscientes, as formas com que selecionamos aquilo que é 'bom' aos olhos de 'Deus'. 

"A burguesia me enoja!", "molenga merece levar pau!", "...é uma viadagem mesmo...", "Politico ladrão devia mesmo era morrer.", "Detesto pobre, suporto eles em amor.", "Religiosos e seus dogmas, vão pro inferno com isso tudo."...  E outros tantos que falamos e deixamos fluir como a água amarga de uma fonte que deveria ser doce.

A seleção de valores que consideramos mais importantes passa ditar as regras de quem devemos amar. Jesus nos mandou amar o próximo. E não fazer acepção de pessoas. Certa vez alguém falou, que amar não é um sentimento e sim uma  escolha, uma postura que assumimos diante das pessoas que nos cercam.

É fácil pra mim, filho de um metalúrgico, que convive com o trabalho desde pequeno, detestar filhinhos de papai. Não gosto de playboy, nem de patricinha. A burguesia me enoja. Mas acabo descobrindo, que o pecado e a ganância do burguês, é tão fedorenta e podre, quanto a minha ambição secreta de poder e orgulho. E aquilo que tento domar em mim todos os dias, se manifesta de outras formas na vida dos outros. O pecado e as manias deles são tão feias quanto as minhas, e aquelas que as vezes eu guardo no meu coraçãozinho, como se fossem de estimação.

Continuo não gostando de bandas coloridas de emo alegre. Continuo achando um absurdo a prostituição e o uso indiscriminado de drogas. Continuo julgando absurdos os gastos das igrejas cristãs com paredes e conforto, enquanto temos 'representantes', morrendo de fome no exterior. Não suporto ver pessoas se dizendo filhos de Deus, e se portando como bastardos. Mas quem sou eu pra julgar? Quem sou eu pra não amar? Quem somos nós pra negar perdão e uma nova chance a qualquer pecador? 

Sinceramente, precisamos parar com os preconceitos. Pessoas são pessoas, precisam de diferentes ensinos, de diferente educação. Rico também merece chance junto com pobre. O homossexual merece o mesmo respeito que um fornicador, e o ladrão politico qualquer que é absolvido por dar um punhado de tijolos pra igrejinha, é tão merecedor do inferno quanto o estuprador. 

Não existe diferença de pecado. Só existe diferença de consequência. Pense nisso.

Paz,
J.Caetano Jr.

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