A flor azul
Entre uma noite de espasmos
E uma manhã de ansiedade.
Eu vejo em meio ao concreto cimento
A flor azul de Novalis.
A própria surrealidade
Materialização do imaginário
Ela me olha de relance, mas não me vê.
Seria o sonho realidade?
Tudo que soa tão real é sublimado
Por um sentimento dialético
Como vive e morre a fênix
E o paradoxo constante do ser
Se ela de fato está ali,
Se já se foi ou nunca esteve
Como os românticos, lamento
A ilusão há de se desfazer
Então desperto incomodado
Pois não há flor
E a que sonhei não mais habita.
J. Caetano Jr.
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