domingo, 15 de abril de 2012

Diário de Bordo#7: O que se pode ver

Elevo os meus olhos para os edifícios, de onde me viria o socorro? Dos becos sombrios da cidade, ou das ruas poluídas onde mal se pode respirar? Dos anúncios de consumo, dos entretenimentos ou das recreações baratas?

Me pergunto entretanto se o conhecimento, a ciência ou o racionalismo poderiam, de fato, alterar o rumo da realidade.

O sistema tosse, tem crises epiléticas, a criação geme. Que governo, poder ou milagre seria capaz de devolver-me a esperança? Mais me parece que todos os homens sofrem os mesmos males. Alguns menos, outros mais. Mas nunca se satisfazem, sempre se teme algo, sempre se anseia algo, sempre... A cada momento se sofre. Tem alguma coisa muito errada com a humanidade. É fato. Lembrei-me de um escrito:

"DEPOIS voltei-me, e atentei para todas as opressões que se fazem debaixo do sol; e eis que vi as lágrimas dos que foram oprimidos e dos que não têm consolador, e a força estava do lado dos seus opressores; mas eles não tinham consolador.

Por isso eu louvei os que já morreram, mais do que os que vivem ainda.

E melhor que uns e outros é aquele que ainda não é; que não viu as más obras que se fazem debaixo do sol.

Também vi eu que todo o trabalho, e toda a destreza em obras, traz ao homem a inveja do seu próximo. Também isto é vaidade e aflição de espírito."(Ec.4:1-4)

Novamente, elevo os meus olhos para os montes de concreto, de onde me virá o socorro? "O meu socorro vem do SENHOR que fez o céu e a terra. Não deixará vacilar o teu pé; aquele que te guarda não dormitará."(Sl.121:1-3)

Reconheço, que tamanho privilégio, acredito numa esperança que não se vê! Pois que o consolador não faz parte do sistema desse mundo, e está além do que me é possível conhecer. Pois uma esperança que se vê, não é esperança.


segunda-feira, 16 de abril de 2012
J.Caetano Jr.

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