O que tenho...
...É o silencio que não
quero,
O barulho que não
quero,
E a agonia que não
quero.
O alarme chato de um
carro,
E o agudo som de um
grito.
Ouço o cachorro
latindo,
O motor quente da
máquina.
Uma conversa bem
alta,
E um assobio na obra.
Cai pedra, telha, cai
porta.
Cai gente, ideias e
coisas tortas.
A ambulância então
passa voada.
Dá-me o silencio, um
tampão auditivo.
E então um remo, um
riacho com barco.
Mostra-me um monte
pra ver o que faço.
Uma escalada, sozinho
pro alto.
Dá-me esse vento,
esse livro e uma praia.
Dá-me esse choro essa
cama e esse quarto.
Deixa-me só, encontrar-me
comigo.
Dai-me esse encontro
contigo num bosque.
Dá-me esse abraço em
silencio bem forte.
Dá-me essa ausência
de medo e barulho.
E no silencio, meu Deus,
Tua presença.
Julho de 2012,
J.Caetano Jr.
Em busca ou a espera de um verdadeiro encontro. Tão forte esse sentimento, porque é nesses momentos, principalmente, que a fragilidade nos faz refletir, parar pra observar o que é que nos cerca. Isso é bom!
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